Sua saúde auditiva merece o melhor cuidado

QUESTIONAMENTOS COMUNS SOBRE PERDA AUDITIVA

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Embora a palavra surdez seja comumente utilizada para indicar que uma pessoa não está ouvindo bem, o termo correto para esses casos é “perda auditiva”. O diagnóstico da perda da audição é feito por meio de exame audiológico, realizado por um fonoaudiólogo, que deve ser precedido por uma avaliação do médico otorrinolaringologista, especialista em ouvido, nariz e garganta. Assim, o primeiro passo é procurar o otorrinolaringologista e depois realizar um exame de audição.

Não. A perda auditiva pode ser classificada de acordo com o tipo e com o grau. Quanto ao tipo, pode ser condutiva, sensorioneural ou mista. A perda condutiva afeta as orelhas externa e média, que são responsáveis por conduzir o som do meio ambiente até a orelha interna. A perda sensorioneural afeta a orelha interna, e o nervo da audição. Na perda auditiva mista, há alteração tanto condutiva quanto sensorioneural. O grau de perda auditiva está relacionado com o quanto ouvimos, ou seja, com a medição da nossa audição. Tem a ver com o que chamamos de “volume”, embora o termo correto seja “intensidade”.

Depende. Os três tipos de perda podem acometer pessoas de diferentes faixas etárias. Alguns, no entanto, são mais frequentes na população infantil, outros em adultos. Há, ainda, tipos de perda que acometem apenas os idosos. Porém, a privação auditiva na infância pode causar um maior impacto na infância, pois o desenvolvimento da fala e da linguagem dependem do bom funcionamento da audição.

Sim, a chamada presbiacusia. O envelhecimento é um fenômeno biológico normal que ocorre em todo o corpo, inclusive na audição. Entretanto, a forma como o envelhecimento chega para as pessoas é diferente. Assim, os idosos podem ou não ter perda auditiva por causa da idade.

O barulho no ouvido é um sintoma comum e pode ser chamado de zumbido ou tinitus. Ele pode ser percebido como um som mais grosso/ grave (parecido com o som de uma cachoeira) ou mais fino/ agudo (como um apito). O zumbido pode ocorrer de forma contínua ou com intervalos. Pode ocorrer de forma isolada, mas também pode ser decorrente de alguma alteração auditiva. Mesmo que você considere que sua audição esteja boa, a avaliação audiológica vai ajudar o médico a entender o que está acontecendo.

Sim. A perda auditiva (condutiva, sensorioneural ou mista) é a manifestação mais comum nesses casos. No entanto, há outros tipos de alterações auditivas que também devem ser investigadas, pois também podem desencadear esse tipo de queixa.

Quando uma determinada doença é frequente em uma família, é possível que ela tenha origem genética. A perda auditiva não é uma doença, mas uma manifestação, que também pode ter origem genética. Você deve procurar um especialista para obter orientações mais específicas sobre o seu caso.

Desde o nascimento. São muitos os procedimentos de avaliação auditiva que o fonoaudiólogo pode realizar. Os testes mais conhecidos são a audiometria e a imitanciometria, mas existem muitos outros. O fonoaudiólogo especialista em audiologia é apto a realizar tais procedimentos. Vale destacar que a idade mínima para a avaliação do processamento auditivo central é 7 anos.

Primeiramente, é importante entender o que é processamento auditivo. Muitas pessoas acreditam que o sistema auditivo é composto apenas pelo ouvido (ou orelha). No entanto, é o cérebro que permite tomarmos consciência da existência do som, onde os sons passam a ter significado. O som é transformado em impulso elétrico na orelha interna e em seguida é conduzido pelo nervo auditivo até o cérebro. Entre o ouvido e o cérebro existem muitas estruturas neurais, como se fossem “estações” entre a partida(ouvido interno) e a chegada do som(cérebro). Tais “estações” compõem o chamado processamento e, quando não funcionam corretamente, farão com que o cérebro tenha dificuldade para “entender” corretamente o som que recebe. A esse tipo de dificuldade, damos o nome de transtorno do processamento auditivo.

Embora as palavras desordem, transtorno e distúrbio tenham significados diferentes, no Brasil elas são utilizadas para indicar uma alteração do processamento auditivo.

A privação sensorial causada pela perda auditiva, pode gerar um transtorno do processamento auditivo do tipo secundário. Sendo assim, é necessário que a crianças com perda auditiva, mantenham uma rotina de avaliação e estimulação das habilidades auditivas no processo de reabilitação.

Não. Antes do teste de processamento auditivo, é feita uma audiometria, para verificar o quanto a pessoa ouve, e um exame que avalia a orelha média, cujo resultado é alterado em caso de otite. A avaliação do processamento auditivo é feita somente quando esses dois exames anteriores apresentam resultados normais.

É comum que essas crianças não atendam prontamente quando são chamadas, tenham dificuldades em seguir instruções verbais, de compreender o que leem, compreender palavras de duplo sentido, organizar os pensamentos e narrar fatos, apresentem problemas de linguagem em relação ao aprendizado das regras da língua, cometam trocas em alguns sons da fala e tenham alguns comportamentos como agitação, inibição e distração. É importante saber que a criança com transtorno de processamento pode não apresentar todas essas características e que muitas delas também podem estar presentes em outros transtornos do desenvolvimento ou aprendizado.

O diagnóstico de TDAH deve ser realizado por profissionais especialistas. Se esse foi o caso do seu filho, confie neles. Uma observação importante é que o transtorno de processamento auditivo pode ocorrer em conjunto com o TDAH, assim como com outros transtornos do desenvolvimento.

Até o momento não é possível relacionar o transtorno de processamento auditivo com uma única causa. Porém, algumas condições podem influenciar no surgimento do transtorno do processamento auditivo, por exemplo otites de repetição e falta de estimulação auditiva. O mais importante é saber que o processamento auditivo é constituído de habilidades que podem ser treinadas, desenvolvidas e aperfeiçoadas.

Não, este tipo de alteração auditiva acomete pessoas de qualquer idade.